O Lago dos Cisnes emociona dorenses

O “Lago dos Cisnes” é uma das peças mais marcantes do ballet clássico mundial E NA COMPANHIA DA ORQUESTRA SINFÔNICA, TORNOU AINDA MAIS EMOCIONANTE A EXPERIÊNCIA PARA CRIANÇAS E ADULTOS

No dia 15 de outubro, o Clube Recreativo Dores foi palco de um espetáculo magnífico que reuniu no clássico “O Lago dos Cisnes” a Orquestra Sinfônica de Santa Maria, a Escola de Ballet Ivone Freire e o Projeto Dançando para Educar. Um dos mais belos espetáculos que o Clube já recebeu e que veio através do Departamento de Cultura coordenado pelo vice-presidente Alfran Caputi.

O concerto, que aconteceu no Ginásio Poliesportivo, teve como regente e diretor musical o Maestro Tita Sartor e direção artística de Beatriz Isaia. Os solistas convidados foram o violinista Michael Fragomeni Penna e o violoncelista Fábio Chagas,  o grupo de dançarinos foi formado por integrantes da Escola de Ballet Ivone Freire e do Projeto Dançando para Educar. O concerto foi uma celebração especial em alusão ao mês da criança.

O Lago dos Cisnes é encenada em quatro atos, a peça conta a história da princesa Odette, uma jovem aprisionada no corpo de um cisne pelo feiticeiro Von Rothbart. Durante o dia, Odette se mantém em condição animal, se revelando humana somente por algumas horas da noite. No espetáculo apresentado no Clube Dores, houve uma adaptação dando destaque ao centro da história e ao final (atos 2, 3 e 4).

A diretora (da Escola de Ballet e do Projeto) Beatriz Isaia conversou com a Dorense em Revista e nos contou um pouco de como foi essa experiência. 

Bia, como é conhecida, conta que esse repertório é ensaiado desde maio do ano passado. Em novembro eles fizeram essa apresentação para gravação em um evento fechado, depois, em junho deste ano, o espetáculo foi a público no Park Hotel Morotin, e agora no Clube. Bia afirma que essa foi a melhor apresentação do ballet e agradeceu muito a oportunidade e o acolhimento do Clube Dores, “foi um presente para nós o Clube proporcionar o local para podermos nos apresentar, sempre muito participativos e interessados no espetáculo, e um Clube de um porte tão grande nos acolher, só mostra que apoia a cultura da  cidade”, elogia Beatriz.

A parceria entre a Escola Ivone Freire e a Orquestra Sinfônica é de longa data, mas foi recentemente que esses laços se estreitaram, e essa combinação, além de muito emocionante para quem assiste, também é para quem dança. Beatriz explica que além da emoção de dançar com música ao vivo, é um grande aprendizado para todos, pois apesar de todo o ensaio, tudo pode acontecer, mas destaca que a harmonia entre eles e a Orquestra é imensa, tanto é que só fizeram um ensaio junto, no mesmo dia do espetáculo. “Pra nós é um grande privilégio dançar com a Orquestra, porque isso é uma coisa inédita no interior do estado, ballet com orquestra é algo que só se vê em grandes cidades e fora do país, então é uma grande emoção”.

Além da questão do ineditismo, a novidade no espetáculo apresentado no Clube Dores foi a informalidade e o horário. Pensado para ser um evento familiar e também para as bailarinas e bailarinos circularem entre o público, exatamente para tornar algo próximo e também lúdico para crianças e adultos. Como aponta Bia, “o bailarino geralmente não interage com o público, tudo é uma surpresa, o figurino, tudo só é visto no palco, então ali foi muito legal porque eles puderam interagir, tirar fotos, e o que mais me impressionou foi que durante as cenas, todo o público estava em silêncio, esperando pelo ballet e pela orquestra, assim vemos que o público é ávido por arte, pela cultura, e isso é muito importante”.

E falando em cultura, Bia como formadora de bailarinos, fala que a cultura desenvolve traços importantes para a vida, tanto tendo uma formação quanto sendo apenas apreciador. ”A cultura, a arte é um alimento para a alma” conclui Beatriz Isaia.