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Fabricando memórias

  • Foto: Jesus de Oliveira

Um Salão Nobre suntuosamente preparado, recebendo pouco a pouco as famílias dorenses em seus melhores vestidos, ternos e smokings, denunciava: a noite seria importante. Quase como em um palácio vitoriano, quando o rococó ainda imperava entre os decoradores, o Clube Dores foi iluminado por belíssimos candelabros, refletidos em tecidos finos, iluminando, por fim, arranjos de flores preparados com todo o carinho. Seria, de fato, uma noite para marcar a memória — começava o 32º Baile de Debutantes.

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A cada convidado e familiar que chegava, no início da noite de 28 de outubro, a animação era visivelmente a emoção dominante. Entretanto, aqui e ali se via, especialmente entre mães e pais, um lampejo de algo diferente. Cada um deles percebia, pouco a pouco, que seria o final de um processo que durou aproximadamente um mês. Aquela festividade, da qual suas meninas eram o centro, chegava ao final. O sentimento era de saudade antecipada.

"Todos os ensaios são cansativos, mas a saudade já fica, daquele momento em que a gente participou com elas. Na preparação, foi tudo impecável”, garantiu James de Carvalho, pai de Luize Luz de Carvalho. Veterano dos antigos saraus do Clube Dores, para ele, participar do baile como pai de uma das debutantes é uma experiência completamente nova e muito positiva.

A mãe da debutante Melysse Aguiar Ribeiro, Dirce Aguiar, vem de uma família na qual debutar é uma tradição e, com propriedade, garante que a preparação dorense é especial. “O mesmo glamour, o mesmo brilho [que eu tive], ela está tendo. Só que a preparação que ela chegou até aqui é bem melhor do que a minha. Porque eu venho de um tempo que não existia prova do cabelo, não existia encontro das debutantes... [...] Ela já não, ela teve o convívio com as debutantes, ela já fez uma viagem. As coisas foram se entrelaçando e acho que ela ficou mais engajada com o début por isso”, relatou Dirce.

Com o burburinho da expectativa crescendo até o ponto das conversas criarem um emaranhado ligeiramente caótico de sons, já se percebia: a grande hora estava chegando. Desde a parte inferior do Salão Nobre, com as mesas das famílias, até o mezanino lotado, de onde seria possível assistir o desfile caso não se estivesse em uma das mesas, todos os presentes prenderam a respiração de expectativa quando as luzes foram apagadas. Começava o cerimonial.

→ UM RITUAL SEMPRE RENOVADO
Do Salão Nobre, cada um dos presentes assistiu o vídeo de abertura do début com alegria. Entretanto, atrás das cortinas, em um espaço separado, as debutantes faziam o mesmo com a mais genuína emoção. Ansiosas pelo momento que viria, elas esperaram e, na medida em que o cerimonial acontecia, desciam uma a uma a escadaria preparada no palco sob aplausos vigorosos.

Maria Eduarda da Silva Alegre, sem dúvida, foi a debutante mais silenciosa da turma. Entretanto, mesmo seu temperamento naturalmente instrospectivo não impediu que ela se entrosasse com as outras meninas. “As gurias foram muito legais e eu não esperava que não seriam tanto”, confessou Maria Eduarda. A instantes de entrar, contudo, ela demonstrou o temor mais característico de toda debutante: “Eu tô nervosa (risos). Eu só espero que eu não tropece na escada”.

Escolhida como debutante simpatia, distinção conferida pelas próprias companheiras de début, Maria Antônia Saccol da Costa tranbordava um misto de ansiedade e alegria, visíveis em um nervosismo sorridente. “Eu fiquei muito feliz por elas me acharem simpática... eu fiquei... nossa... minha felicidade é indescritível. Não tem palavras pra dizer o quão especial foi o momento”, contou.

Assim, transformando apreensão em genuína felicidade, como quem transmuta carvão em puro ouro, todas as debutantes foram chamadas e desfilaram pelo salão. Devidamente apresentadas à sociedade dorense e santa-mariense, a 32ª turma de debutantes do Clube Dores cumpriu este importante rito de passagem. De meninas, tornaram-se mulheres.

→ TUDO ACABA EM FESTA
Quase toda boa história tem uma sequência parecida: as personagens são apresentadas, desenvolvidas, acontece o conflito e o clímax e, por fim, a resolução. No caso das debutantes, não foi diferente: coquetel, encontros e viagem, nervosismo e alegria do cerimonial e, por fim, o baile em si.

Após as apresentações de dança com pais, pares e demais debutantes, preparadas ao longo semana que precedeu o baile, começou a festa em si. Com a sensação de dever cumprido, todas as dezesseis meninas aproveitaram cada momento, cada música, cada companhia. Sabiam que um dos momentos mais mágicos de suas vidas encerraria ao fim daquela noite. As memórias, entretanto... essas durarão para sempre.

  • Foto: Jesus de Oliveira
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